segunda-feira, 17 de abril de 2017

POEMAFLITO

Não sei o que fazer
Com tanta saudade...
O que me acontece
É uma vontade
De você,
Que pensar em você
Não cura...
E nem beijo e abraço
Cura...
Nem queijo meia cura...

É loucura mesmo...
Insanidade!
E quando penso que dentro
Tem algo aquietando,
Começa tudo de novo...
E eu não reclamo:
Amo recomeçar...

O problema é que os poemas
Se repetem...
Pois sempre esbarro
Nessa saudade que não passa,
Ou no seu olhar, que me lê.
E você me lê...
Então já sabe
Desse tanto de saudade...
Devo soar lugar comum...
Eterno clichê...

Não sei o que fazer.
Sei só que a saudade não passa...
Que a vontade não cede...
Que o que sinto só aumenta...
E agora?
Quem me aguenta
Se não tenho outro assunto?
Se essa saudade
Mais parece aflição
De tão urgente?

Esse lance de saudade
Parece conversa fiada,
Coisa inventada,
Mas não é.
Esse fogo que vem queimando
E consumindo por dentro,
E está me tirando do centro,
E eu vou misturando tudo...
É “sautade”... “vondade”...
Aí fico repetindo pra ver se entendo...
Pra você ler, entender...
Ou pelo menos, tentar...

Quando vejo,
Já começou tudo de novo
E o poema se repete...
É uma insanidade...
Absoluta confusão.
Nada cura:
Nem abruaço, beijo,
Nem pensar em você...
Tudo isso me acomete
E não sei o que fazer...
Mas o poema diz que sabe...
Pago, então, pra ver.
E o que vejo
É o que sinto...
E não reclamo.
Sinto:
Apenas ... !

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