eu, aqui,
corroendo por dentro
de tanto desejo,
não consigo mais
me censurar.
não vejo a hora
de estar em suas mãos:
boas
e quentes
e indecentes
mãos.
eu sei que é difícil falar
do quanto se sente,
do quanto a gente
pode ser indecente
só de pensar…
ah…
mas os dedos,
ágeis para tantas coisas,
permitem essa viagem,
nos dão margem…
enquanto suas mãos não vêm,
digito lúcida e certeira
nas teclas do computador
tal qual meus dedos,
precisos,
apertam os pontos
do meu corpo.
e não passo aperto.
me resolvo muito bem:
enquanto você não vem,
poema e gozo
não fico sem.
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