parei de escrever.
pelo menos por enquanto…
enquanto o sonho
não virar realidade
e pelo menos um terço
do desejo
não for consumado
num quarto, sala,
carro, cozinha…
pouco importa…
quero é abrir a porta
e deixar fluir pra vida
toda essa imaginação
que brota no papel.
ávida de ver
nossos corpos
serem lugar
pra gravar
essa história.
vai fazer bem
pra memória,
pro coração,
pra poemas futuros…
se você jurar
que vai me ver
amanhã,
eu juro que
já depois de amanhã
volto a jorrar poesia…
adoro a fantasia,
mas não aguento
mais sonhar…
quero dormir
e acordar
do teu lado…
e de manhã,
ainda deitados,
você dormindo,
escrever um poema
dessa nova leva
que virá.
que virá…
porque por enquanto
é greve.
e é grave:
poeta
precisando
de realidade.
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