quarta-feira, 13 de julho de 2016

Falta chão,
Talvez palavras.
Talvez palavras
possam organizar
o caminho
e ser de novo
chão.
“Não. Sai daqui”,
digo.
“Deixa eu cuidar
da casa que eu sou”.
Seu rosto sem forma
me informa
da minha escuridão.
Eu sei,
Os olhos, escuros.
Meu breu
os contorna
e deixa presente
a dor.

Quero seguir,
conseguir coisas simples...
Arrumar a mala,
seguir minha viagem.
Não ouço a música.
Tem música?
É só um silêncio
cheio de barulhos
que não consigo
escutar.

Escuta...
Aperta o laço,
mas não muito.
Sinto muito.
Sinto muito.

Falta chão.

Palavras? Talvez.