sexta-feira, 5 de agosto de 2016

CIRCULAR

Ah, a escada...
Eu já estava me esquecendo dela,
mas eis que ela surge
com seus degraus
de sonhos a conquistar
de metas a realizar...
Eis que ela surge, assim,
cheia de concretude,
me exigindo atitude
(ou seja, tudo o que me falta agora).
E eu aqui, de novo,
parada no meio da escada,
até parece que parei porque quis...
Quis?
O que tanto essa escada me revela?

[Ô, Nossa Senhora da Escada,
Vou te acender uma vela
Pra ver se me ajuda
A subir uns degraus...]

Eita que essa escada
quando menos se espera
me aparece e, pra mim,
parece que não saí do lugar
(até o poema está andando em círculos!),
parece samba de uma nota só...
Ô, dor...
Ou melhor: ô, dó...
Aqui, do meio da escada,
procuro o topo,
olho pra cima (sem esquecer da rima)
tento contar quantos são os degraus...
Miro uns 3 acima,
Preparo o passo,
Respiro fundo
E....

Ah, a escada...
Eu já estava me esquecendo...

Eu avisei que este poema era circular...