terça-feira, 29 de novembro de 2016

Complexo de Fênix

Ahhhh…
eu e meu complexo de fênix…
sempre eu e ele,
eu querendo seguir...
e a gente segue se batendo
no meio do meu caminho,
enquanto subo a escada.
No verso, ele se mostra
e me mostra
e parece
que é de propósito,
que eu fico
“me amostrando”, rs…
Mas não é.
Não tendo pra onde correr,
eu corro pro verso,
pro meu inverso,
pro meu avesso,
e me refaço
e me inverto
e me cubro inteira
de palavras
para renascer.
Meu complexo 
não é complexo.
É meio mania,
meio salvação.
Renascer é complexo,
mas é o que faço
quando me falta nexo
ou quando eu mesma
é que me falto.
Ahhhh…
eu e meu complexo de fênix…

Poemincrível

Incrível que,
quando você menos espera,
as coisas se resolvem
e se conectam
e quando se fecha a porta,
um universo inteiro se abre.
Não sei como eu sei disso,
mas apenas sei.
Ou melhor, sinto…
pressinto.
Parece um inferno astral
fora de hora…
e eu pareço 
fora de órbita…
Tonta de tanto girar,
Bêbada de ideias.
Subi dois degraus na escada
e acho que foi um grande passo.
O nó que agora se desfaz 
é para cuidar do laço,
que tava ficando torto.
E eu, maria-laço, simétrica, 
tava em agonia
tentando acertar as pontas
sem refazer o nó.
Esse poema 
termina
trazendo em si
sina, renovação.
O poema curou a ressaca.
E agora, Universo,
meu universo
inteiro
me abraça.