Tudo parece
Estar encaixado
Em seu devido lugar...
Tudo aparece
Em ordem
Embora eu seja
Apenas desordem,
Caos absoluto...
E vou deixando
Rastros no caminho
Pra quando
Eu resolver voltar...
De onde? Pra onde?
Nem me atrevo perguntar...
Não sei lidar
Com questões sem respostas...
Então deixo
A alma exposta
Pra quem quiser ver,
Tirar suas próprias conclusões...
Às vezes, quem olha
Só vê o que quer...
Acha que tudo está encaixado...
Que ser o outro é fácil...
Mas não sabe o que é
Ter a alma exposta
Por medo das respostas
Às perguntas que
Nunca se fez...
Não sabe o que é
Deixar rastros num caminho
Que vai dar num lugar
Que não sabe onde é
Nem se de lá vai voltar...
Não sabe o que é
Ser caos, desordem
Enquanto mostra ordem
Num verso sem pé
Nem cabeça...
Mal sabe o outro
Que trazer tudo isso à tona
Em verso
Só vai dar dor de cabeça...
E a gente ainda se queixa...
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