terça-feira, 7 de março de 2017

POEMAOUNÃO

toda essa dúvida
sou eu
sendo eu…
toda essa desconfiança…
eu não era assim…

entendo que,
pra me encontrar,
eu me perdi muito
do que eu era
e que eu
nem sei mais 
quem era…
mas ainda
me assombro
comigo…

parece castigo.
parece 
que meu fantasma
quer morar comigo!…
e eu,
voltando ao que era,
sendo eu 
sem ser…
e sem saber
como desfazer
essa confusão 
que se instala.

essa profusão
de sentir
que me acomete
o peito,
a mente…
parece real.
parece legal!
parece
que eu tenho 
que seguir
em frente.

“aguente…”,
o poema me diz…
“pague pra ver
o que já está dito…”
alguma hora
há de fazer 
sentido.
ou
não.

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