Meu medo
Me predomina.
Acha sempre
Que tudo vai dar errado,
Que eu não vou conseguir,
Que é melhor desistir.
Insisto.
Tem dias,
De vez em quando,
Que tomo coragem
E embarco
Em qualquer viagem!
Pode ser incrível
Ou uma grande furada...
É um risco,
Mas arrisco me confiar
De quando em vez...
Outros dias
Tomo juízo.
Presto atenção
No tema,
E fico atenta
Aos meus sinais.
Mas meu medo tem mania
De me predominar.
Não recuso o medo.
Mas, como um habitante meu,
Ele podia seguir as minhas regras.
Isso, regras.
Eu ainda não estabeleci
Regras pro meu medo.
Limites!
Até onde sou eu
E a partir de onde sou ele?
Eu me jogo pra vida
E ele me joga pra baixo.
Eu arrisco as fichas.
Ele tira as fichas do tabuleiro,
Acha melhor esperar
Uma hora certa, a melhor jogada.
Vamos em frente,
Sem permitir
Que o medo nos cegue.
“Vamos! Enfrente!”
A vida segue.
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