terça-feira, 29 de setembro de 2015

POSSO-POEMA

Talvez o pior de mim
Seja essa minha
Insegurança.
Parece
Outra pessoa
Que me habita
E que não confia em mim,
No que eu posso oferecer.
Eu posso sempre mais
Do que eu acredito
E talvez esse seja
Meu maior trunfo,
E o pior risco
Que eu tenho a correr
É acreditar em mim.
Pôr a mão no fogo
Por mim
É o que eu mais
Deveria fazer,
Mas travo
E sempre espero
Me queimar.
Que, a partir de agora,
Eu arrisque,
Petisque,
Me queime
Se for preciso.
Jogar na fogueira
Essa insegurança.
Vencer o jogo
Da ansiedade
Com verdade,
Integridade
E alegria.
Porque eu posso
Sempre mais.
Eu posso
Sempre mais
Um poema.
Eu posso.
Prestou atenção
No sujeito da frase?
Sim.
Eu.

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