terça-feira, 15 de setembro de 2015

EU E O POEMA

A noite passa lenta,
E eu fico aqui,
Nessa noite nublada
E de chuva do lado de fora
Contemplando lua e estrelas
Do lado de dentro.
Minha escada
A céu aberto
Possibilita
Vislumbrar os astros,
Mesmo quando
Do lado de fora
Eles se escondem.
Permito-me olhar com calma
E alma pra mim
E o que vejo nem é tão ruim...
Ah... eu e minha mania
De me depreciar!
Voltando:
Permito-me olhar com calma
E Alma pra mim
E o que vejo, eu gosto sim!

Viu?
Conseguiu rimar
E nem precisou
Fazer pouco caso de você.

Oxe! Meu poema
Está falando comigo?
Meus Deus! Que perigo!
Imagine...
Um poema respondão!
Se essa moda pega...
Meu poema
me tirou do tema!
Eu, que queria
Só olhar pra dentro,
Fiquei sem centro.
Não sei mais se fui eu,
Ou o poema, se foi o tema,
Ou meu dentro,
Mas alguém em mim respondeu
No meio do poema.
E o que ia ser desse poema?
Vou ter que recomeçar
Em outra noite lenta e
Nublada por fora
Pra descobrir.


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