Eu, inteira
Em tudo que sou,
Vivo ou faço,
Eu sei,
Não caibo
Em todos os laços.
Então inteira
vou me repartindo.
Árvore,
vou me podando.
Água,
tento conter
o quanto me derramo,
desvio meu próprio leito
pra poderio
desaguamar
em verso.
Um dia, mesmo inteira,
ainda vou saber
a medida exata
para cada laço...
Um dia,
de tanto estar inteira,
ainda me lasco.
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