segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

POEMA FATÍDICO

Mais um ano, de fato,
começa
e eu aqui,
tentando novos atos
prestando atenção 
no que, de fato,
interessa.
E o que, de fato,
me interessa?
Eu me pergunto 
isso todo dia
e é quase agonia…
e é quase prisão…
O fato é
que toda possibilidade
me interessa…
seja vida,
seja novela,
seja o que quer
que esteja passando
na televisão.
Mas a vida 
é meio telenovela,
tem drama,
comédia,
e eu aqui,
querendo fazer média
com o poema
que tomou novo rumo,
se perdeu nos fatos…
Por Deus!
Só quero que,
de fato,
me interesse
o que importa…
preciso abrir 
certas portas
que insisto em
manter fechadas,
tevês desligadas…
Mudar de canal!
No meu canal
tem que passar Jung,
tem que passar poesia…
Tem que ter 
menos agonia…
Tem que ter 
mais ritmo…
Tem que ser
canção,
verbo,
palavra.
De fato,
tem que ter
palavra.
E é quando
tudo vira
palavra
que, 
de fato,
tudo
se
concretiza.
Poemando
eu me entendo
e me acho
e (fato!)
sou
eu.
Olhar para 
o fato
e saber 
o que tenho
que fazer:
falar, ou melhor,
escrever!

De fato: ser.

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