Eu — Maria-cara-lavada,
assumo que sou mesmo assim,
que trago o que eu sou
exposto na face,
sem maquiagem,
sem truques, sem alarde…
Só coragem.
Eu — maria-laço,
simétrica por (minha) natureza,
tenho posto a prova
todo a simetria,
todo o perfeccionismo,
toda a minha neurose…
Puro desconcerto.
Eu — maria-problema,
trabalho cada dificuldade
em verso, e me inverto
pra encaixar o problema
num poema…
e viro maria-poema
como num passe de mágica.
Poderia citar mais muitas marias
nas quais eu me viro…
Mas sou: renata,
me transformo em mil marias,
ardo,
me desmancho em mil pedaços,
vivo tudo, morro…
até que renasço
e em outras tantas
me refaço.
Sina?
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